"Um cego, na calçada, esperava por alguém que o ajudasse a atravessar a rua. Ofereci-lhe os meus préstimos e agradeceu. Era um homem de uns 60 anos. Bem vestido. Não era um mendigo. Tinha, no entanto, um ar de tristeza no rosto.
No meio da travessia, agarrou-me mais fortemente o braço, encostou levemente a cabeça no meu ombro e começou a chorar. Era um gemido silencioso.
Ao chegarmos ao outro lado da rua, perguntei-lhe se estava se sentindo mal. Respondeu-me de uma forma suave, muito consciente - percebia-se que era um homem inteligente - que não se sentia mal, no conceito comum da palavra, mas que estava sentindo um grande mal na alma.
No meio da travessia, agarrou-me mais fortemente o braço, encostou levemente a cabeça no meu ombro e começou a chorar. Era um gemido silencioso.
Ao chegarmos ao outro lado da rua, perguntei-lhe se estava se sentindo mal. Respondeu-me de uma forma suave, muito consciente - percebia-se que era um homem inteligente - que não se sentia mal, no conceito comum da palavra, mas que estava sentindo um grande mal na alma.
E acrescentou textualmente:
- Sinto-me só, muito abandonado. E a solidão é pior do que a cegueira. Quando se é cego e alguém lhe acompanha com carinho, há sempre uma luz por dentro. O pior é quando tudo está apagado. Isto é o que acontece comigo: falta-me carinho.
Impressionou-me extraordinariamente e perguntei:
- Posso ajudá-lo em alguma coisa?
- Não. Ore por mim, acrescentou. Será uma boa companhia."
(Autor Desconhecido)
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